com doses diárias de poesia,
amor de gato, água e comida
vivo esse cotidiano,
que ora me engole, quando não me cospe.
se me lambe, me afaga, me alisa os pêlos do corpo.
talvez me arranhe a cara
e eu chegue em casa depois de uma noite de briga por qualquer pedaço de sardinha
ou por uma fêmea no cio.
vivo de palavras, meu ser é um tanto racional,
mas sei sentir
as vezes até passo bem.
amor de gato, água e comida,
com doses diárias de poesia,
minha mente, processador de confusão.
eu tonta de tanta nóia
e meu gato,
gordo e manso, rolando no chão.
será que a poesia me salva?
ou não seria ela uma corda no pescoço?
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