segunda-feira, 16 de maio de 2011

BLÁ                                   tal                                        arvalap

BLÁ          caos
alavapalavrapalavrapalavrapa BLÁ 

e                                                                     coisa                                                            caos 
palavrapalavapalavrapalavrapalavrapaepalavrapalavrapalavrapalavra
tal.
e caos e coisapalavrapalavrapalava
BLÁ
coisacaos

so
ca
o.c
i
sa

.

tantagentediztantacoisaquejánemdápra
verouviroditoentretantaletradadaopina
davomitadaétantobláblábláqueaestaalt
uraomundojápodeparareórbitaflutuar

terça-feira, 3 de maio de 2011

Porque você não veio? Você viu? Você viu que se sim um pelo outro passaríamos pelo meio, pelo cerne você viu? Não veio porque temeu os efeitos, de irredutível alteração dos corpos acostumados sem, sem o outro transpassado dentro entre através? Será esse corpo frágil, efeito vidro despedaçado, ao toque rígido mas translúcido. Pois essa cor de água é na verdade areia, matériadura, pouco f l u i d a. Pouco fluida pra esse tipo de espaço-temporalidade humana. Você acredita em extra-terrestres? E em verdes esperanças, bichos de pernas compridas e corpo de folha, você duvida? Porque eu acreditaria em seres que se não fossem homens, que se não fossem eu, seriam eles todos iguais? Só existe o sim (eu) e o não (outro)? E se despedaçar mesmo, e misturar, e se? VENHA VER o pôr do sol, venha ver o sol nascer, venha, . O Outro, o torto, o meio. Venha ver o que acontece pós borda transborda, venha ver, tenha medo não. Não tenha não. Pode ser feio e pode ser bem bonito, pode ser tanta coisa que nem consigo prever. Venha ver... Isso é um enfrentamento de eu pra você. É um convite, um convite-bomba e quando TRIIIM vai explodir e você e eu vamos segurar cada partícula do peso tonelada fragmentos nas palmas, nas palmas das mãos. Feito criança segura pedregulhos e pétalas de flor e rabo de lagartixa e bituca de cigarro e prego e carrapato vivo. Tenha medo não, olhe a palma, a pupurina-brilha, o nome disso é vida e nós precisamos de vida pra continuar nesse corpo. Se a bomba não explode eu não sinto quanto pesa a alma, desacredito do templo, perco a fé. Bomba relógio está contando os segundos, o tempo e esse intenso pode passar, e você meu amor, você passa e que pena, eu queria transpassar a linha o vidro, a pele que vibra e faz da matéria corpo separado dos corpos outros. Quero o trans das coisas vivas. Viva, viva, viva. Pois o tempo é hoje e nada mais. O tempo é SEMPRE hoje, mesmo que isso signifique ver uma fotografia, ou ver o desejo de antes se transfigurar. 

segunda-feira, 2 de maio de 2011

o menino passou no posto
segurando a mão
de seu pai o menino
entrou
na delicatesse de 
madrugada
segurando a mão
de seu pai
seguro de si
o pai cerveja e
o menino coca
cola e balas
o menino viu
outro menino
um entrava e o 
outro ficava
o que entrava
olhou
o que ficava também
olhou
trocaram olhares de 
criança que não
que não tem
vergonha de ver
o outro olhar
no olho do 
outro
o outro pedia o 
troco
o menino queria
coca e balas
o pai a cerveja e
o dinheiro inteiro
o troco do outro
o olhar dos meninos
se reconheceram
meninos
e jogariam bola
juntos
se um não ficasse
na porta, na trave
o outro foi com 
o bolso cheio de 
redondas, moedas
o menino cheio de
balas
e um arroto de 
coca
cola
preso na garganta
o outro põe a 
mão no bolso
e escuta o som
- - - - - - - - 
o som dos metais
o menino, o doce,
morango e caramelo
e aquele arroto 
gostoso
engasgado de coca
cola
o outro de bolso
cheio de metais
preciosos
metais redondos
dourados e prateados
5, 10, 25, 50 
centavos
sem um tostão
inteiro
troco
só troca 
de olho