sábado, 19 de novembro de 2011

Talvez o 
VERMELHO
seja são.


















imaginação
minha fuga em dias de não























Nada como um cigarro pra soprar ar.

































É tanto medo nesse mundo de meu deus,
 que eu já nem sei mais de quê.

























luacheia

começô

esvaziá

.
















hoje

choveu na praça
de nós dois
sentados no banco
na noite quente
eu te procurei
onde está essa agulha
queria costurar
pedaços de chocolate
roçam na língua
caiu no chão
vi o cílio
na sua camisa
encontrei o perfume
do amor que sinto
por você eu faria tudo
que existe nessa vida eu desejo
nas estrelas
o som que sai
das cordas
que me amarram aqui
ou  ali, tanto faz
só quero estar
aonde caem estrelas
que desejo o mundo
está em qualquer lugar
que eu esteja
estou viva
a sua vida e eu a minha
casa mora no meu peito
arde tanto
de tanta vida
pra ser corrida a pé
no chão que preciso sentir
o mundo embaixo
dos seus cabelos tem
um cheiro de alfazema me enche
a maré no ciclo
da lua vazia
encheu a metade do copo que faltava
encontrar esse cotidiano simples
é estar no presente
que recebo e dou
tão pouco as vezes
tanto 
.


ALINHAVE
.
LINHA
AVE 
  V 
      V
           V
                  V      
                        V
                             V
                                              v
                                 

essa sou eu, 
                 deitada ao seu lado, de olhos molhados 
      confusa, obscura, cega, iluminada. 
                 essa sou eu toda. 
                               agora estou aqui, 
    suada, sem banho, sem roupas, sem panos.
        essa sou eu com você
           disposta, sem nexo, sem planos que façam sentido.
  essa sou eu de linhas tortas,
 de formas curvas e texturas áspera. 
                      essa sou eu olhando pra você.
    aqui estou eu,
                             inteira, plena, com todos os meus vazios abertos, de líquidos expostos.
     essa aqui, esse corpo pálido,
        sou eu com meus tons suaves, minha marcas roxas, bochechas avermelhadas.
    sou eu quem está com peito quente 
                                                           e a ponta dos dedos geladas.
  sou eu
       contradição, contramão, 
                    sou eu embolada nesse lençol 
    desde cedo até escurecer.
     essa é a noite e o tempo esfria, 
            hoje é dia de lua e a minha anda vazia...
  você faz café, dá de comer aos gatos.
     te dou de beber, 
                te alimento de leite quente adocicado.
 o que você vê,
esse é você.