O estômago é uma flor acesa. Enquanto isso a cidade entorpecida dorme. A cidade acesa me torpe. E no ônibus frenético os olhos calmos e cansados, fecham. A pele conta o que a boca não diz. Abre buracos onde silêncio impus. A casa silenciosa se aconchega na madrugada. O coração batendo, a geladeira trabalhadeira e sonora não para. Amanhã de manhã, pão com manteiga. E por enquanto, aqueles que eu amo dormem entregues aos sonhos. Na rua tem zumbi que não dorme. É a cidade da pedra, do sonhar acordado. Acendo o fogão. Chama esquenta a água para escaldar o jasmim que me acalma. E a pia lotada de pratos usados me avisa. Daqui a pouco é dia.
domingo, 19 de maio de 2013
sexta-feira, 3 de maio de 2013
Essa é a história com desfechos provisórios
Microacontecimentos de proporções macrocósmicas
- São nada aos olhos da percepção.
Desfechos se esfumaçam e eis o tempo que há de vir.
A surpresa, permanencia mortal, feita de breves nascimentos.
Eis-me aqui fugidia, escorregadia ao momento do já
Desejosa do por vir, é sempre por vir.
Sei do que é porque já sinto gastura no corpo
E é desse sentir que mato a sede da vida,
É ele que não me deixa secar.
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