quarta-feira, 25 de agosto de 2010

teve que acordar,
teve que comer,
teve que se vestir
de alguém que tem um nome.
lhe faltou ânimo,
pra dar risadas do dia-a-dia.
lhe sobrou poesia.
a saudade te acordou,
te deu de comer
em colheradas lentas,
limpando com um lenço velho os cantos de sua boca.
te vestiu com aquele vestido que ele gostava.
se zangou e tirou o vestido:
qual é saudade, tenho que dar risadas do meu dia
deixe o passado, deixe o vestido,
deixe quieta a poesia.

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