segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Vou ali buscar uma coisa nalgum lugar.
Vou esperar algo que vai acontecer.
Vou ver o Que.

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A poesia não chega, e eu escuto o barulho do trem. O gato olha como quem soubesse o que vai acontecer, mas é tempo de desacontecimentos. E mesmo depois dos grande fogos, da notícia esperada, pego minha bicicleta e volto pra mesma casa. Poesia é sensação, eu sei. Mas quero a permanência, não sei mais que palavras empregar.

Todos esses objetos esperando. Esperando o Que? Vou começar a psicografar, embora tenha medo de fantasmas, especialmente dos fantasmas de cinema.

Meu nome é Ramela, tenho 12 anos.

Enquanto lia um livro chamado Budapeste fui em busca de uma palavra no dicionário, um Aurélio de bolso, de bolso de gigantes. Às cegas, abri exatamente na página que buscava. Penso que tive ajuda do além. Meu querido deu umas risadas da minha surpresa, foi um jeito de conversar. Eu não vi, mas imagino que tenha sido assim.

Na verdade não sei diferenciar muito bem os acontecimentos. Acho até que acontecimentos não querem ser diferenciados, eles só querem pipocar diferença na realidade.

Penso que meu gato pensa, e ele me disse que pensa mesmo! Penso que alguém fez o que não deveria ter feito. Penso que não tenho feito nada de mais. Penso que tenho acontecido na medida do improvável.

Penso que vou deixar essa história sem fim. Vou ali.

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