terça-feira, 3 de maio de 2011

Porque você não veio? Você viu? Você viu que se sim um pelo outro passaríamos pelo meio, pelo cerne você viu? Não veio porque temeu os efeitos, de irredutível alteração dos corpos acostumados sem, sem o outro transpassado dentro entre através? Será esse corpo frágil, efeito vidro despedaçado, ao toque rígido mas translúcido. Pois essa cor de água é na verdade areia, matériadura, pouco f l u i d a. Pouco fluida pra esse tipo de espaço-temporalidade humana. Você acredita em extra-terrestres? E em verdes esperanças, bichos de pernas compridas e corpo de folha, você duvida? Porque eu acreditaria em seres que se não fossem homens, que se não fossem eu, seriam eles todos iguais? Só existe o sim (eu) e o não (outro)? E se despedaçar mesmo, e misturar, e se? VENHA VER o pôr do sol, venha ver o sol nascer, venha, . O Outro, o torto, o meio. Venha ver o que acontece pós borda transborda, venha ver, tenha medo não. Não tenha não. Pode ser feio e pode ser bem bonito, pode ser tanta coisa que nem consigo prever. Venha ver... Isso é um enfrentamento de eu pra você. É um convite, um convite-bomba e quando TRIIIM vai explodir e você e eu vamos segurar cada partícula do peso tonelada fragmentos nas palmas, nas palmas das mãos. Feito criança segura pedregulhos e pétalas de flor e rabo de lagartixa e bituca de cigarro e prego e carrapato vivo. Tenha medo não, olhe a palma, a pupurina-brilha, o nome disso é vida e nós precisamos de vida pra continuar nesse corpo. Se a bomba não explode eu não sinto quanto pesa a alma, desacredito do templo, perco a fé. Bomba relógio está contando os segundos, o tempo e esse intenso pode passar, e você meu amor, você passa e que pena, eu queria transpassar a linha o vidro, a pele que vibra e faz da matéria corpo separado dos corpos outros. Quero o trans das coisas vivas. Viva, viva, viva. Pois o tempo é hoje e nada mais. O tempo é SEMPRE hoje, mesmo que isso signifique ver uma fotografia, ou ver o desejo de antes se transfigurar. 

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