domingo, 26 de dezembro de 2010

reveillon
deitado na praia, numa dessas praias de verão, que enchem e esvaziam de turistas, garrafas, cigarros, vinhos baratos...
deitado olhando os fogos no céu que estouravam em todo o brasil, em toda a linha do fuso horário
já havia bebido tanto, já havia amado dois naquela ultima noite do ano.
adormeceu sem querer,
sonhou com um ano novo
sonhou com um ano velho
sonhou com uma festa, com corpos dançando axé, sentido a bebedeira de batida de maracujá no seu corpo tonto
sonhou com o tempo brusco, o solavanco do amigo que foi morar em outra dimensão
esteve no metrô da maior cidade da América Latina
  esteve atrasado, esteve lendo embaixo da terra, se sentiu uma formiga na multidão
dançou rock, dançou macumba, não negou uma dança sequer
sonhou longo...
conheceu loucos, desconheceu a si mesmo
escreveu até secar.
abriu os olhos, é fim de ano novamente
ninguém mais na praia,
exceto um moço montado num cavalo sem cela, lá de longe.

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